Autismo: Diagnóstico em Ascensão, Mas Desigualdades Persistem - O Que os Novos Dados Revelam?
- Cris Fernandes_ Psicanalise
- 6 de dez. de 2024
- 2 min de leitura

Um estudo recente, publicado no JAMA Network Open, trouxe à tona um aumento significativo nas taxas de diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos Estados Unidos entre 2011 e 2022. Os resultados, analisando dados de prontuários eletrônicos de um grande grupo de sistemas de saúde, revelam um cenário complexo com avanços e desafios.
O que o estudo revelou?
- Aumento geral: As taxas de diagnóstico de TEA aumentaram consideravelmente, especialmente entre jovens adultos (26 a 34 anos), com um aumento de 300% nesse grupo.
- Diferenças de gênero: O aumento foi maior entre as mulheres do que entre os homens, tanto em crianças quanto em adultos.
- Desigualdades raciais e étnicas: Entre as crianças, o aumento foi maior em alguns grupos minoritários raciais e étnicos em comparação com os brancos, mas não entre os adultos.
O que explica esse aumento?
- Maior conscientização: A sociedade está mais informada sobre o autismo e seus sintomas, levando a mais diagnósticos.
- Melhores ferramentas de diagnóstico: Avanços na pesquisa e no conhecimento sobre o autismo permitem diagnósticos mais precisos.
- Mudanças nas práticas de triagem: A triagem para autismo está se tornando mais comum, especialmente em crianças.
E as disparidades?
- Diferenças de gênero: Embora a prevalência ainda seja maior entre homens, a diferença está diminuindo, o que indica que as mulheres estão sendo diagnosticadas mais frequentemente.
- Raça e etnia: O estudo também mostra que a prevalência de autismo é mais alta entre crianças e adultos indígenas americanos e nativos do Alasca, algo que não havia sido relatado anteriormente em adultos.
O que podemos concluir?
O aumento nos diagnósticos de autismo é uma notícia positiva, pois significa que mais pessoas estão recebendo o apoio de que precisam. No entanto, é crucial continuar trabalhando para garantir que todos tenham acesso à triagem, diagnóstico e tratamento adequados, independentemente de gênero, raça ou etnia.
O estudo destaca a necessidade de continuar investindo em pesquisas para entender melhor as disparidades existentes e desenvolver estratégias eficazes para garantir o acesso equitativo à assistência médica e aos serviços de apoio para pessoas com TEA.
É importante desvendar sua existência para depois ser suporte.
E outros desafios e readaptação , não existe em buscar ajuda. Sozinha ou (o) não é o caminho 🛣️
Colaboração Voluntária Cris Fernandes Neuropsicanalise, psicoterapêuta integrativa
Fonte:
- Grosvenor LP, Croen LA, Lynch FL, et al. Autism Diagnosis Among US Children and Adults, 2011-2022. JAMA Netw Open. 2024;7(10):e2442218. doi:10.1001/jamanetworkopen.2024.42218
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