Personalidade altamente sensível: como lidar com o trauma infantil e as consequências na vida adulta
Você sabia que existe um tipo de personalidade que é mais propenso a sentir e vivenciar o mundo de forma intensa e profunda? Essas pessoas são chamadas de personalidades altamente sensíveis (PAS), e elas representam cerca de 15% a 20% da população. Elas possuem uma maior sensibilidade emocional, perceptiva, intuitiva e criativa, o que as torna mais empáticas, conscientes e artísticas. Porém, essa característica também pode trazer alguns desafios, especialmente se elas sofreram algum tipo de trauma infantil crônico.
O trauma infantil crônico é uma situação de violência, abuso, negligência ou abandono que ocorre de forma repetitiva e prolongada durante a infância. Esse tipo de experiência pode afetar profundamente o desenvolvimento emocional, cognitivo, social e físico da criança, gerando sequelas que podem persistir na vida adulta. Algumas dessas consequências são: baixa autoestima, dificuldade de confiança, ansiedade, depressão, fobias, transtorno de estresse pós-traumático, somatizações, entre outras.
As pessoas altamente sensíveis são mais vulneráveis a desenvolver esses problemas, pois elas tendem a absorver mais as emoções negativas do ambiente e dos outros, e a internalizar as críticas e as rejeições. Além disso, elas podem ter dificuldade de expressar seus sentimentos e necessidades, pois aprenderam desde cedo que eles não eram válidos ou importantes. Muitas vezes, elas são rotuladas de vítimas, choronas, exageradas ou depressivas por pessoas menos empáticas, que não compreendem a sua linguagem emocional.
Então, o que fazer para superar o trauma infantil e viver uma vida mais plena e feliz como uma pessoa altamente sensível?
O primeiro passo é reconhecer a sua personalidade e valorizar as suas qualidades. Você não é defeituoso ou fraco por ser sensível. Você é uma pessoa com uma capacidade incrível de sentir e se conectar com o mundo. Você tem uma visão mais ampla e profunda da realidade. Você tem uma criatividade e uma intuição que podem te ajudar a encontrar soluções inovadoras e originais. Você tem uma empatia e uma compaixão que podem te tornar um ser humano melhor.
O segundo passo é buscar ajuda profissional para tratar o trauma infantil. Você não precisa carregar essa dor sozinho. Você pode contar com o apoio de um psicólogo ou psicoterapeuta que entenda a sua personalidade e as suas necessidades. Ele pode te ajudar a ressignificar as suas experiências passadas, a fortalecer a sua autoestima, a desenvolver habilidades sociais e emocionais, a lidar com os seus medos e angústias, a expressar os seus sentimentos e desejos, a estabelecer limites saudáveis e a construir relacionamentos mais positivos.
O terceiro passo é cuidar do seu bem-estar físico e mental. Você precisa respeitar os seus limites e evitar situações que te causem muito estresse ou sobrecarga sensorial. Você precisa descansar o suficiente e ter momentos de relaxamento e lazer. Você precisa se alimentar bem e praticar atividades físicas que te façam bem. Você precisa cultivar hábitos que te façam feliz, como ler, escrever, pintar, meditar, ouvir música, estar na natureza, etc.
O quarto passo é se conectar com outras pessoas altamente sensíveis. Você não está sozinho nessa jornada. Existem muitas pessoas que compartilham da sua personalidade e dos seus desafios. Você pode entrar em nosso grupos online de pessoas altamente sensíveis, onde você pode trocar experiências, dicas, apoio e amizade. Você pode se sentir mais compreendido, aceito e acolhido por pessoas que falam a mesma língua que você.
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A personalidade altamente sensível é um dom que deve ser celebrado e não reprimido. Se você sofreu algum trauma infantil crônico, saiba que você pode superá-lo e viver uma vida mais feliz e equilibrada. Você pode usar a sua sensibilidade como uma força e não como uma fraqueza. Você pode transformar a sua dor em amor e em arte.
Você pode ser a mudança que você quer ver no mundo.
Eu sou uma sobrevivente PAS, e aguardo ansiosamente por você no grupo!
Com amor e pertencimento,
Cris Fernandes Arruda
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